Obesidade e Saúde Mental: um elo que vai além da balança
- Dra Cristyelen Feksa

- 19 de out.
- 1 min de leitura

A obesidade não é apenas uma questão de força de vontade ou alimentação — é uma condição multifatorial que envolve o corpo, o cérebro e o ambiente emocional da pessoa.
Muitos pacientes com sobrepeso ou obesidade convivem também com depressão, ansiedade, compulsão alimentar, baixa autoestima e distorção da imagem corporal. Isso acontece porque os circuitos cerebrais que controlam fome, prazer e impulso são os mesmos que regulam emoções e motivação.
A inflamação crônica que acompanha a obesidade também afeta o cérebro, alterando neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, o que pode contribuir para sintomas de desânimo, irritabilidade, descontrole alimentar e cansaço mental.
Além disso, o estigma social e o sentimento de culpa agravam o quadro, criando um ciclo difícil de romper: a dor emocional leva à busca por alívio através da comida — e a frustração pelo ganho de peso reforça ainda mais a dor.
Tratar a obesidade, portanto, exige um olhar integrado: cuidar da mente é cuidar do metabolismo.Planos de tratamento que envolvem abordagem médica, nutricional e emocional são os que trazem resultados mais duradouros e sustentáveis — não apenas perda de peso, mas recuperação da vitalidade e do equilíbrio interno.

“O corpo não erra — ele pede ajuda. Em saúde mental, equilíbrio é mais importante que balança.”
Por Dra Cristyelen M. Feksa - CRM/ SC 31329
Pós graduada em Psiquiatria



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